IGP-M

O Instituto Econômico da Fundação Getúlio Vargas, uma das instituições acadêmicas mais prestigiadas do país, publica mensalmente o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), comumente conhecido como inflação imobiliária.

O IGP-M foi criado no final da década de 1940 como um índice que mensurava de forma abrangente as oscilações de preços de produtos, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços para o consumidor final.

Além do setor imobiliário, o IGP-M também é comumente utilizado por empresas de telefonia, energia elétrica, educação e planos de saúde.

O IGP-M de que forma é calculado?

O IGP-M coleta informações sobre variações de preços a partir do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de apuração.

Como o objetivo do IGP-M é levar em conta as oscilações de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e da construção civil, consiste em uma média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).

IPA – Índice de preços ao Produtor Amplo

O IPA reflete as oscilações de preços de produtos agrícolas e industriais nas transações business-to-business, em etapas anteriores ao consumo final.

IPC – Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mede a variação dos preços de bens e serviços fixos que fazem parte das despesas normais das famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos por mês.

INCC – ìndice Nacional de Custo da Construção

O INCC tem como foco acompanhar a evolução dos preços dos produtos mais importantes da construção civil, como serviços, mão de obra e materiais.

IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado

Os pesos de todos esses índices no IGP-M seguem sua participação na despesa total da economia nacional, calculada de fato, com base nas seguintes contas nacionais:

• 60% IPA
• 30% IPC
• 10% INCC

Versões do IGP

Existem três versões do IGP com Coleta de Preços Encadeadas:

• IGP-10 – É calculado desse modo, com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta.
• IGP-DI – (de 1 a 30) e é acima de tudo, o mais popular.
• IGP-M – Como já mencionado, coleta informações sobre flutuações de preços, cuja variação ocorre do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

IPCA

Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor, o SNIPC produz contínua e sistematicamente um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, que nesse sentido, visa medir a inflação de bens e serviços vendidos para consumo pessoal no comércio varejista.

A unidade de arrecadação desse índice de preços são os estabelecimentos comerciais e de serviços, concessionárias de serviços públicos e Internet, assim como sua cobrança costuma ocorrer do dia 1º ao dia 30 do mês de referência.

Atualmente, a população-alvo do IPCA inclui famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos.

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) criou essa faixa de renda para atender 90% das famílias em áreas urbanas abrangidas, que são as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

IPCA – IGP-M

O IPCA é um índice governamental calculado pelo IBGE. Enquanto que a FGV (Fundação Getúlio Vargas) calcula o IGP-M de forma independente.

Assim, além de diferentes métodos de cálculo, o IGP-M é totalmente independente de instituições e entidades públicas. Esta última característica pode ser vista como fator de transparência e maior objetividade para determinados indivíduos.

Em alguns casos, você poderá escolher um índice de reajuste contratual entre IPCA e IGP-M. O que é mais satisfatório neste caso?

Antes de tomar essa decisão, é importante analisar os dados históricos dos dois índices, pois eles possuem métodos de cálculo diferentes.

O histórico do IPCA IBGE.

O IGP-M FGV